O novo romance de Manuel Vilas, depois do belíssimo Em tudo havia beleza, que comoveu milhares de leitores. Uma história escrita a partir do coração da memória. Uma busca esperançada da alegria.
«Tudo aquilo que amámos e perdemos, que amámos imensamente, que amámos sem saber que um dia nos seria roubado, tudo aquilo que, após a sua perda, não conseguiu destruir-nos - embora tenha insistido com forças sobrenaturais
e procurado a nossa ruína com crueldade e afinco -, acaba, mais tarde ou mais cedo, transformado em alegria.»
Desde o coração das suas memórias, um homem que arrasta tantos anos de passado como ilusões de futuro, recorre às suas recordações para iluminar a sua história. A história de um filho que tem de aprender a viver sem os pais, e de um pai que precisa de aceitar a viver mais longe dos filhos. Uma história que por vezes dói, mas que sempre acompanha.
Neste romance, a meio caminho entre a ficção e a confissão, o protagonista viaja pelo mundo e pelas suas memórias. É uma viagem com duas faces: a face pública, em que o protagonista-autor encontra os seus leitores; e o lado íntimo, em que aproveita cada momento de solidão para procurar a sua verdade. Uma verdade que começa a despontar - dolorosa e inesperadamente - depois da morte dos pais, do divórcio, do afastamento do vício. Uma verdade que ganha novos matizes à medida que toma forma uma nova vida ao lado de um novo amor, uma vida em que os filhos se transformam na pedra angular sobre a qual gira a necessidade inadiável de encontrar a felicidade. Ou a alegria.
Os elogios da crítica:
«A depressão é o ator secundário sem o qual o filme desta vida não poderia ser contado de cabo a raso. Num pacto consigo próprio, em busc de luz nas trevas e de sombra num dia de sol. Este é um livro que nos reconcilia com a autoficção (...). Com Manuel Vilas, o mundo não gira à volta do seu umbigo.»
Rui Lagartinho, Expresso
«Um relato entre a exaltação e o desespero, a lucidez e a puerilidade, a euforia e a depressão assumida. Este livro é, sobretudo, uma declaração de intenso amor aos pais, que se tornam postumamente os seus pontos cardeais para aferir a ordem do mundo, e aos filhos. Uma outra forma de tentar vencer a morte.»
Sílvia Souto Cunha, Visão
«Se na sua anterior obra o escritor exorcizava as dores e perdas do passado, agora traz um grito de esperança e uma capacidade de reconstrução solar e contagiante, desafiando o momento pessimista que atravessamos.»
Máxima
«Um hino em prosa com embrulho de poesia. Mais do que uma continuação de Em tudo havia beleza, este livro é a maturação de uma voz poderosamente construída. É uma crónica da celebração vital, da procura da verdade e da beleza entre os estilhaços do medo. Juntos, estes dois livros formam um díptico autobiográfico desarmante e comovente, em forma de rapsódia do amor, da dor e da culpa.»
Jordi Gracia, Babelia, El País
«A busca de uma verdade íntima e pessoal colocou Manuel Vilas nesse lugar raro dos escritores literários que sabem falar às pessoas de tu para tu." El Periódico
"E, de repente, a alegria é um livro poético e electrizante, que não é propriamente uma sequela de Em tudo havia beleza, mas sim um novo e duro olhar sobre o mundo. Uma dignificação da dor, da perda e dos processos que nos impelem a seguir em frente. Há algo solar neste livro. Há algo curador.»
Joaquín Pérez Azaústre, La esfera de papel,El Mundo
«Um livro magistral, difícil, fácil, eloquente, complexo, admirável na sua simplicidade enfurecida, contraditoriamente elementar e sábio, enorme, terno e sombrio: tudo isso é para mim E de repente a alegria, de Manuel Vilas.»
José Luis Ibáñez Salas, La Nueva Tribuna
«Vilas começou a utilizar as palavras para se desnudar e não para se cobrir. A resposta foi unânime. Estava ali um ser humano e os leitores identificaram-se e choraram com ele. Porque é isso que faz um escritor, descrever o que todos vêem mas ninguém consegue ou se atreve a dizer. Alguém se atreve a falar de alegria em tempos convulsos como os que vivemos hoje? Vilas tem essa coragem.»
Carlos Sala, La Razón
«Um livro que invade como uma catarata as fibras mais íntimas do leitor, e que nelas mexe e remexe sem piedade. Quase impúdico, Vilas despe de novo a sua alma,envolve-nos como um remoinho. Arrasta-nos no seu furacão emocional. Vivemos e sentimos os seus picos de euforia e desespero, a vontade de desaparecer no sono profundo, de não querer acordar nunca mais, e a sensação irreal de despertar para o milagre de mais um dia cheio de sol.»
Aura Lucía Mera, El Espectador